terça-feira, 8 de maio de 2007

1º Dia

Viana do Alentejo


Manhã:


Praça da República



Na Praça da Republica podemos observar a estátua em homenagem ao Presidente do Município Dr. Isidoro de Sousa (1843-1914), o antigo edifício da Câmara (Paços do Concelho, séc. XVII), que foi abandonado pelos serviços centrais admirativos em 1972 e que recentemente foi transformado em Biblioteca Municipal e Posto de Turismo. As suas características arquitectónicas são actualmente poucas com excepção de uma janela e de uma lápida marmórea, pedra de armas municipais.
Podemos ainda observar, nos baixos dos antigos Paços do Concelho, a Fonte da Renascença, cuja a data exacta da sua construção se desconhece, no entanto, os seus elementos arquitectónicos permitem nos concluir que pertence aos finais do séc. XVI.




A Fonte é constituída por uma vasada em caixa de dois arcos plenos, geminados, repousando em esbeltos fustes de capitelação coríntia e bases flóricas, de mármore branco e do estilo Renascentista. Superiormente, no eixo do frontispício subsistem vestígios de um mutilado brasão régio.


Almoço:

Café–Restaurante das Piscinas Municipais “Kopus bar”
Estrada da Quinta de Santa Maria
7090-999 Viana do Alentejo





Tarde:

Castelo de Viana do Alentejo e Igreja Matriz


Edifício construído no Séc.XIV designado como uma fortificação de planta pentagonal irregular (constituído por cinco torres cilíndricas), no estilo gótico, com elementos manuelinos que teve origem no reinado de D. Dinis. Desde 23 de Junho de 1910 que é considerado um Monumento Nacional, conservando ainda elementos da arquitectura militar da fase alentejana da reconquista e repovoamento.
No meio do Castelo encontra-se um Cruzeiro que antigamente se situava no Santuário de N.ª S.ª de Aires. Este Cruzeiro foi esculpido na arte gótica-manuelina e mais tarde transportado para o Castelo em 1804.


A Igreja Matriz foi fundada no séc. XVI sob a invocação de Nossa Senhora da misericórdia e está localizada dentro das muralhas do Castelo. Tem como orago N. Sra. da Assunção onde podemos destacar a entrada principal, o interior da nave e as capelas laterais, em estilo manuelino. Assim como o castelo está também classificado como Monumento Nacional desde 1910.
As suas muralhas, rematadas por merlões e ameias, são percorridas por adarve e reforçadas por torreões de planta circular nos vértices, rasgados por seteiras e encimados por coruchéus de alvenaria. O torreão maior foi convertido em Torre de Menagem.

Descrição pormenorizada:


Da estrutura original subsistem a planta pentagonal irregular e parte dos muros da cintura de muralhas onde, das três portas primitivas, restam duas. Trata-se da porta principal do castelo e a porta localizada a norte do castelo. Mais tarde, sofreu obras de reestruturação, dando-lhe um novo reboco, uma nova cobertura de adarves sobre os muros e os coruchéus cónicos que encimam as torres. As novas ameias correspondem ao esquema que aparece, pelos finais do século XIV, na arquitectura militar. As torres circulares que marcam os vértices do pentágono formado pelas cortinas de muralhas datam, provavelmente, desta época. De qualquer modo, foram beneficiadas nesta campanha de obras com coroamento de ameias simples ou chanfradas e coruchéus cónicos. A torre de menagem, a Sul, é diferente das restantes possuindo ameias chanfradas, quer na torre propriamente dita quer no campanário pentagonal que se lhe segue, encimado por um coruchéu.
Realização única, não apenas do gótico final alentejano, mas também nacional, a Igreja Matriz, que deve ter começado a ser construída cerca de 1519-1521, é a obra que marca, pelas dimensões, pelo programa decorativo e estrutural, este conjunto monumental, estando atribuída a Diogo de Arruda, um dos mais importantes mestres pedreiros da época manuelina.
Considerando uma visão de conjunto, esta igreja, da invocação de Nossa Senhora da Anunciação, para além da sua especificidade estilística regional, apresenta-se como um exemplo marcante da diversidade estética que caracteriza a arquitectura da época de D. Manuel.
De facto aqui encontramos o gótico, a exuberância escultórica do manuelino, a influência mudéjar, ensaios decorativos de carácter renascentista e o programa iconográfico que representa o elo de união dessa diversidade: a heráldica régia.

O ordenamento da fachada principal e a composição volumétrica evidenciam, de imediato, a herança da arquitectura precedente na qual perpassa a força do modelo das igrejas mendicantes: planta de três naves com a principal mais elevada. Neste caso, e isso corresponde à evolução do modelo acima citado, sem transepto, quer inscrito na planta quer na volumetria, Mantém-se ainda, a iluminação autónoma de cada uma das naves. Logo se repara, também, no coroamento de merlões chanfrados e pináculos cónicos que percorre o topo dos muros e que é o sinal inequívoco da forte influência mudéjar na arquitectura deste tempo.
O portal, não sendo embora dos mais complexos, é dos mais interessantes de toda a arquitectura da época manuelina. O arco de volta perfeita é marcado e definido por dois registos simbólicos da maior importância religiosa e ideológica: a videira que nasce, em ambos os lados, da boca de uma figura humana no interior de um cesto, e um feixe de troncos nodosos enlaçados por uma fita em espiral. Quanto à videira, trata-se de uma representação simbólica do próprio Cristo: e os cestos que albergam as figuras humanas, nas bases, poderão remeter para a história de Moisés. Os troncos nodosos, registo muito frequente na decoração da arquitectura manuelina, poderão querer simbolizar a coroa de espinhos.
O que é importante salientar é que esta iconografia religiosa aparece representada em relação directa com a simbólica régia: a Cruz de Cristo, no tímpano, o Escudo Régio sobre o último arco redondo e, por fim, sustentadas no arco contracurvado formado por feixes de troncos, as duas esferas armilares, que são, de facto, as duas faces de uma mesma esfera, divisa do rei D. Manuel e símbolo da perfeição e da totalidade. A simbólica deste portal é enorme, mas não pode deixar de fazer-se referência às duas colunas que o ladeiam e cuja decoração integra claros elementos renascentistas.


Planta do Castelo



O Castelo é formado por 5 Torres: Torre da Misericórdia, Torre de S. Luís, Torre da Menagem, Torre do Relógio e Torre do Sino da Misericórdia.


Jantar:



“A Cave”
Loteamento do Mauforo, Lt. 17
7090 – 220 Viana do Alentejo
Telef: 266 953 736



Noite:



Shaker´s Bar
Rua da Àgua Abaixo, nº20 7090 - Viana do Alentejo

Alojamento em Viana do Alentejo:

Casa Viana, Turismo Rural, Lda.
Rua Cândido dos Reis, nº1
7090-238 Viana do Alentejo
Telef /Fax: 266 953 500
Telm: 969 309 931
E-mail:
casadevianaalentejo_turismorural@hotmail.com

Ou

Hospedaria “Casa Barrigoto”
Rua Eusébio Leão, nº3
7090 Viana do Alentejo
Telef: 266 453 179

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